terça-feira, 12 de junho de 2012

Longevidade empresarial:Preparando no presente a empresa para o futuro


O professor Carlos Lacerda inicia sua explanação procurando demonstrar que as empresas nascem para morrer. É natural que completem um ciclo. A chance de suas empresas estarem vivas daqui a 30 anos é muito pequena. Empresas, como árvores, não crescem para sempre (Drucker). Casos como da Coca-Cola, Renault e Faber Castell seriam exceções.



À partir daí essa aula passa a ter um caráter complementar à aula anterior, de Macroambiente, Cenários e Perspectivas.

Quais são as principais ameaças à longevidade das empresas? Esse brainstorm produziu uma série de respostas. Dentre fatores internos e externos foram citados:

  • Pressão de preço,
  • Pressão de custo,
  • Obsolescência dos produtos e canais,
  • Falta de visão,
  • Miopia do sucesso,
  • Pessoas (não reter ou não desenvolver talentos),
  • Erro na estratégia,
  • Má gestão em geral e financeira em especial,
  • Não profissionalização da empresa familiar (família transferida para o profissional),
  • Sucessão familiar,
  • Ciclos econômicas,
  • Mudanças de hábitos de consumo,
  • Risco país,
  • Mudanças de marcos regulatórios (vide acordos de comercialização, barreiras comerciais).

Para comprovar seu ponto de vista o professor invoca estudo realizado por ele com as "500 Maiores e Melhores"  da revista Exame no ano de 1973. Após 30 anos, 77% dessas empresas não "sobreviveram". Talvez a palavra "sobreviver" seja um tanto quanto alarmista, já que nessa condição estão fusões, aquisições e privatizações. 23% continuam no ranking. Das 77% restantes 36,5% foram compradas, 10,3% faliram, 9,9% foram privatizadas, 12,4% fecharam e 9% se fundiram.

No estudo, foram feitas as seguintes conclusões:

  • Em nenhuma empresa pesquisada o fator financeiro foi a causa de mortalidade, em algumas foi a causa mortis.
  • Algumas empresas, mesmo consideradas excelentes pela mídia, não sobreviveram.
  • Entre as empresas pesquisadas, mesmo empresas boas para se trabalhar não sobreviveram. 
  • As empresas longevas caracterizam-se pela inovação, seja de produtos, processos, tecnologias etc., mas algumas empresas que não sobreviveram também se mostraram inovadoras.
  • A longevidade está diretamente associada à capacidade de superar crises.

Há empresas cuja missão é ser vendidas, como internet, nanotecnologia, biotecnologia e aquisições para simplesmente "matar" o concorrente não são comuns.

É fundamental ter instrumentos para a análise de futuro, mesmo que seja para errar. Nos fatores mais próximos da empresa, ocorre mais proatividade. Nos componentes de cenário mais ampliados (marcos legais, por exemplo) as possibilidades são menores. O segredo da proatividade é a capacidade de pensamento à partir das mudanças.



Características dominantes nas empresas longevas:

- Processo de sucessão planejado
- crescimento sustentável - Crescer é imperativo para sobreviver (dimensões tamanho da empresa, receita e EBITDA)
- Antecipação do futuro - Educar a empresa para o futuro é o papel do CEO (Ozires Silva, então presidente da Embraer). Antecipar sinais fracos de mercado e tomar decisões ágeis.
Foram abordadas as "megatendências".

Vejam esse vídeo da Dow Química sobre suas megatendências, que norteiam seu planejamento estratégico.



Para fechar, ficam algumas perguntas:

  • Qual a estratégia de crescimento de sua empresa?
  • Como sua empresa lida com o tempo e se antecipa ao futuro?
  • Como sua empresa prepara a sucessão de seus principais líderes?
Para conhecer a apresentação completa da aula clique AQUI.

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