segunda-feira, 11 de junho de 2012

Nosso futuro comum - decisões sustentáveis


Nossa primeira aula expositiva foi sobre sustentabilidade. O professor Cláudio Boechat abordou "Nosso futuro comum - decisões sustentáveis" instigando-nos a pensar sobre o tema, fazendo conexões com situações bastante diferentes. Como tomar decisões sustentáveis em um planejamento estratégico? Quais os desafios mais relevante do ponto de vista de um stakeholder?

Dividiu-se os atores envolvidos com o tema em líderes empresariais, consumidores, governos nacionais, ONU, ONG e trabalhadores e, à partir de uma pesquisa realizada com os participantes divididos em grupos que representavam cada uma dessas categorias, buscava as maiores divergências e convergências.

Com uma previsão de 9 bilhões de habitantes em 2050, como buscar conforto e inclusão, mas dentro dos limites do planeta? Há uma série de trabalhos internacionais (Agenda Rio+20, OCDE, KPMG, UNEP, WBCSD, The Economist, dentre outros) apontando caminhos convergentes para isso nas seguintes direções:

  • Mudanças climáticas;
  • Riqueza, economia e consumo;
  • Biodiversidade e declínio dos ecossistemas;
  • Energia;
  • Cidades e urbanização;
  • Água;
  • Comida;
  • Florestas e desmatamento;
  • Empregos e trabalhos verdes.

Está sendo trilhado um caminho até o momento, ainda insuficiente para fazer frente às grandes lacunas ambientais que o estrondoso desenvolvimento sócio econômico por que passa o mundo nos últimos 200 anos vêm deixando, quando saltamos de 1 bilhão para 6,5 bilhões de habitantes. Um dos trabalhos prevê que até o ano de 2020 teremos uma "adolescência" turbulenta, com muitas crises.

O consumo teve um enorme crescimento nos últimos 50 anos, registrando um aumento de 28% em relação aos US$ 23,9 trilhões gastos em 1996, e seis vezes mais do que os US$ 4,9 trilhões gastos em 1960. Lembremos que mais de 2 bilhões de habitantes ainda sobrevivem com menos de U$ 2 por dia. Com isso, com a evolução social básica desse grande contingente populacional, a tendência é a grande piora dos indicadores ambientais. Difícil dilema.

Vejam esse vídeo do professor Hans Rosling que aborda muito didaticamente as transformações no mundo nos últimos 200 anos e ressalta muitas das desigualdades ainda existentes que fream as iniciativas da sustentabilidade, no sentido "desambientalizado" da palavra.




Foi comentado que há um movimento para dar valor ao ativo ambiental. Trazer para dentro da economia essa quantificação. Quanto valeria uma determinada espécie, por exemplo? Assunto a ser mais aprofundado.

O quesito "Pegada ecológica", desenvolvido para mensurar o impacto ambiental de cidadãos, regiões e países, é absurdamente preocupante. Nenhum país é considerado de "baixa pegada". Todos tem alta pegada. Em termos de regiões, apenas a América Latina e a Europa "fora" da União Européia ainda têm biocapacidade, ou seja,ainda tem área suficiente para satisfazer as necessidades de consumo e assimilação dos resíduos dos seus habitantes, bem como repor os recursos naturais consumidos por eles. Mais informações sobre "Pegada Ecológica" podem ser obtidas AQUI.

Como orquestrar tecnologias, hábitos e políticas para a sustentabilidade?

O fator humano a ser desenvolvido: Percepção, emoção e ação. Cada interpretação da realidade te estimula uma forma de ação. O desafio é olhar de outras formas, para buscar outras soluções, com agilidade e pragmatismo, já que o terreno perdido é muito vasto.


Para conhecer a apresentação completa da aula, clique AQUI.

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