Harry Kraemer, ex-CEO da Baxter International Inc.
Se sou líder
tenho alguma responsabilidade por causar algum impacto. Será que estamos sendo
produtivos de fato ou estamos indo tão rápido que não conseguimos refletir?
Há uma forma
infinita de se fazer as coisas. Não é preciso dar respostas pra tudo e sim como
eu faria. Assim que percebemos que não dá pra fazer tudo, temos que priorizar
iniciativas, alocando recursos.
Disciplina,
foco, consistência e credibilidade. Um líder precisa investir tempo pra
entender todos os lados da história. Liderança e democracia não devem ser
confundidas.
Como nos
tornar melhores líderes? Quatro princípios:
-
Auto-reflexão - Desplugar e refletir. Fazer rápidas perguntas a si mesmo.
Perguntas úteis como "quais são meus valores", "o que
represento", "o que faz diferença", "quais são minhas
metas", "o que é sucesso e o que é fracasso". Quem define se eu sou ou não bem sucedido?
Se eu não consigo resolver as coisas para mim, como liderar os outros? Refletir
minimiza surpresas.
- Equilíbrio
- Na medida que se assume responsabilidades novas, temos que pensar bem no que fazer
e deixar de fazer. O número de horas é o mesmo. O que parar de fazer para fazer
novas coisas? O que fazemos hoje que extraímos pouco? (Tipo ver tv). Avaliar
bem os trade offs. Proporcionar flexibilidade aos colaboradores, os torna mais
fiéis, diminui a rotatividade e melhora a eficiência. 70%/80% dos principais
CEO estão em completo desequilíbrio. Se conseguirmos levar as pessoas a pensar
sobre essas coisas já será um grande avanço.
Ver o artigo
"o atleta corporativo".
-
Autoconfiança - podemos agir de forma autoconfiante, mas não o ser. Existe uma
correlação inversa entre os graus de demonstração de autoconfiança e ter a
verdadeira autoconfiança. Sempre vai haver gente mais inteligente que nós, mais
atlética e mais articulada. Mas temos que crer que vamos aprender e melhorar.
Autoconfiança não é arrogância. As coisas em que já somos bons nos trouxeram
até aqui. Cerquemo-nos de pessoas boas naquilo que podemos melhorar. Foquemos
em lacunas. Já chegamos a ponto de nossa
carreira de admitir que não sabemos? De admitir erros? Isso tudo leva à
verdadeira autoconfiança.
Critérios
para trabalho praticados pelo professor - ter oportunidade de aprender alguma
coisa, crescer. Acrescentar valor ao time. Diversão.
- Humildade
genuína - Como chegamos ao cargo que ocupamos? A maior parte vai dizer que
trabalhou muito para isso e que tem competência. Há mais quatro respostas,
segundo o professor: Sorte, timing, pessoas da própria equipe e força divina.
Lembrar de onde viemos é muito útil e importante.
Muita gente
vai elogiar e dizer que somos fantásticos. Temos que ter gente para nos ajudar
a manter os pés nos chão. Lembrar sempre do cubículo onde começamos. Quando
somos promovidos os colegas querem saber antes de tudo, se ainda seremos aquele
colega de antes. Caso da festinha. Será que vai? É importante um pequeno grupo
de pessoas que sempre te lembre quem você é, de onde veio. BTR - Back to
reality.
Se pudermos
fazer progressos nesses quatro quesitos, estaremos aptos a liderar. O que fazer
a seguir, dado o fato de estar organizado o suficiente?
Como
garantir a aplicação desses princípios?
É como preparar uma estrada.
-
Certificar-se quais são os valores, expectativas e conseqüências.
- Pessoas -
desenvolvimento de lideranças e gestão de talentos. O que faz bem ou não.
Potencial integral. O que fazer para subir. Feedbacks.
-
Estabelecer direção clara - nunca utilizar a palavra visão, pois pode parecer
muito filosófica.
-
Comunicação efetiva - Cada pessoa da equipe deve entender o que estamos
fazendo, como entram nisso.
-
Engajamento e motivação - refletir se a equipe funciona bem mesmo. Qual a
diferença entre uma equipe ótima e uma ok. A ótima tem metas edificantes e
claras, que todos compreendem.
- Execução -
delegar, estando perto para saber o que precisa ser alterado. E a capacidade de
saber isso, sabendo o equilíbrio correto entre o curto e longo prazo é o que é
buscado.
- 3C -
Change, controverse and crisis - Não é questão de "se" e sim de
"quando". Algumas pessoas detestam mudanças. Mas os líderes lidam com
mudanças proativamente. Se o líder não lida bem com mudanças, confortavelmente,
a equipe também não consegue. Mudança+incerteza=caos.
-
Responsabilidade social - Alguma coisa além da empresa.
Gastar o
maior tempo entre pessoas e comunicação, com 95% do tempo.
Se todas as
pessoas certas sabem exatamente o que é pra ser feito, o que mais é necessário?
Focar nas pessoas chave, que são multiplicadoras
do discurso (focar 8 pra chegar em mil) e repetir exaustivamente.
Melhor
equipe, melhor parceiro para os cliente, melhor investimento para os acionistas
e melhor cidadão.
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